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I. Quem são eles?

 

Palestra I

QUEM SÃO ELES?

Estudo elaborado pelo Pastor Olívio em Realengo, no Rio de Janeiro, em março de 2012

Você sabe o que são anjos? Já ouviu falar deles? Conhece alguém que tenha dito ter se encontrado com um anjo? E demônios, sabe o que são? Já se esbarrou com algum deles em sua vida? Ah, sim, esses com certeza sim! Sabia que Jesus Cristo, a maior revelação corporal de Deus aos homens, vivia cercado de anjos e de demônios? Pois é, sei que algumas pessoas dizem que anjos e demônios não existem, não são reais, mas apenas maneiras de qualificarmos os sentimentos que assomam a nossa alma: se estes forem bons dizemos que fomos tomados de sentimentos lindos, nobres, angelicais, e se forem maus, que fomos assaltados por nossos demônios interiores, nossos medos mais profundos, nossos pesadelos e taras. Muitos comentaristas bíblicos afirmam que a tentação que Jesus experimentou no deserto foi apenas uma tentação mental, um enfrentamento de seus próprios medos, personalizados por Satanás, dos quais Ele conseguiu se sair vencedor. Conquanto reconheçamos que todo ser humano esteja repleto de sentimentos bons e maus que o levam a agir ora como se estivesse sendo influenciado por um anjo bom, ora como se estivesse possuído por um demônio, as Escrituras ensinam que tanto os anjos quanto os demônios são reais!

Os anjos são seres inteligentes, de grande mobilidade e força e de constituição diferente da nossa. Tanto o Antigo quanto o Novo Testamentos estão repletos de citações sobre eles. São cerca de trezentas delas, feitas de forma direta ou indireta! É muita coisa para alguém no final de um exame acurado dizer que ainda não sabe o que são os anjos, não é verdade? Ao tempo de Cristo, a presença dos anjos bons e maus entre nós estava elevadíssima, como nunca estivera em todas as gerações anteriores e posteriores a Ele! Cristo mesmo dissera para os seus discípulos, no início de seu ministério: “Na verdade, na verdade vos digo que daqui em diante vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subirem e descerem sobre o Filho do homem” (João 1:51). Ele estava se referindo aos anjos bons e não aos anjos maus, pois que foram chamados de “anjos de Deus” e vinham e voltavam do “céu aberto” sobre Jesus. Por outro lado, nunca tivemos um tráfego tão intenso de demônios, tantos casos de possessões demoníacas, tanta gente endemoninhada, como no primeiro século ao tempo de Cristo! Qual o motivo disso? É que o Salvador dos homens estava encarnado na terra, vivendo como homem, realizando a extraordinária operação de salvação da humanidade! Os demônios tinham de fazer alguma coisa para detê-lo! Tinham de freá-lo custasse o que custasse! Cristo jamais poderia obter êxito em sua missão! Esta era a razão deles estarem presentes em todas as partes, mesmo dentro das igrejas, onde um deles se dirigiu a Jesus dizendo: “Bem sabemos quem tu és: o Santo de Deus” (Marcos 4:21-28). Aqueles demônios conheciam bem a Jesus e muitos deles conhecem bem a minha vida e a vida de meu prezado leitor! O que será que eles andam dizendo de nós? De tudo aquilo que dizem de nós, o que será verdade e o que será mentira?

Os anjos são seres criados, e por isso mesmo, dependem exclusivamente de Deus. Todos eles tiveram um princípio, um começo, um início. Os anjos não são seres eternos, sem início, desde sempre. A Bíblia ensina que houve um tempo em que não havia anjos e outro tempo em que passou a haver anjos. Ela diz em Neemias 9:6: “Tu só és Senhor; Tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército; a terra e tudo quanto nela há; os mares e tudo quanto neles há; e Tu os guardas em vida a todos; e o exército dos céus Te adora”. O apóstolo Paulo escreveu aos colossenses dizendo de Cristo: “Porque Nele (em Cristo) foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades: tudo foi criado por Ele (Cristo) e para Ele (Cristo). Ele (Cristo) é antes de todas as coisas (incluindo os anjos e os homens), e todas as coisas subsistem por Ele” (Cristo) – Colossenses 1:16,17. Caramba! Você percebeu o que o apóstolo Paulo disse? Ele disse que Cristo criou os anjos! O apóstolo João também sabia disto, pois que falou acerca de Cristo: “Todas as coisas foram feitas por Ele (Cristo) e sem Ele (Cristo) nada do que foi feito se fez” (João 1:3). Estávamos acostumados a ouvir que Cristo era o Maior sobre todas as criaturas, o Principal de todos, mas não que Ele havia criado os anjos, os querubins, os serafins, e todo o exército do céu! Muito menos que Ele os sustentava mediante o seu imenso poder! Sem o enorme poder agregador e sustentador de Cristo, nenhum anjo, querubim, homem, ou qualquer outra criatura poderia manter-se vivo neste maravilhoso e extraordinário universo! Como é grande e majestoso o nosso Cristo! Como é incomensurável e descomunal o seu poder! Lembre-se sempre disso em suas orações, querido leitor!

Os anjos são realmente seres de passado antigo, bastante remoto, mas ainda assim são seres criados. Apenas Deus é desde sempre e para sempre. Segundo indicações bíblicas os anjos foram criados imediatamente após a criação dos céus e antes do Senhor ter criado a terra. O livro de Jó afirma isto no capítulo 38:4-7, onde o Senhor aparece questionando o patriarca desta maneira: “Onde estavas tu, quando eu fundava a terra? Faze-mo saber se tens inteligência? Quem lhe pôs as medidas, se tu o sabes? Ou quem estendeu sobre ela o cordel? Sobre que estão fundadas as suas bases, ou quem assentou a sua pedra de esquina? Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus rejubilavam?” Nem Jó nem nenhum outro ser humano ainda existia quando o Senhor fundava a terra, mas os anjos e demais criaturas universais se alegravam e se rejubilavam quando O viram trazê-la à existência. No livro de Gênesis o homem aparece como a última criação de Deus, o que coloca a criação dos anjos obrigatoriamente como antecedendo a criação dos homens. Apenas quando Deus terminou de criar os céus com os seus exércitos é que Ele dirigiu a sua atenção para a criação da terra. O texto de Gênesis 2:1 resume assim a narrativa da criação: “Assim os céus, e a terra e todo o seu exército foram acabados” (Gênesis 2:1). Os céus e o seu exército primeiro; a terra e o seu exército depois. Os céus aparecendo no plural, visto serem diversos e diferenciados, como mais tarde nos ensinaria o Mestre Jesus em seu Santo Evangelho (João 14:2); a terra, no singular, pois é única, ímpar, não existindo outra igual.

A criação dos anjos foi diferente da criação dos homens, tendo em vista que os anjos são assexuados, não se reproduzem, não geram outros seres de si mesmos. Jesus disse que eles “não se casam nem se dão em casamento” (Mateus 22:30). Para gerar uma multidão de humanos, Deus criou apenas um casal e estes, através do relacionamento sexual, outros humanos que também geraram outros humanos e assim por diante, até encherem toda a terra, conforme a ordem dada pelo Senhor (Gênesis 1:26-28). Para fazer as multidões de anjos que enchem os céus Deus teve de criá-los um a um, individualmente. Isto não só quer dizer que cada anjo é único, singular, diferente de todos os demais, mas que o número de anjos também jamais se altera, jamais varia, sendo atualmente, o mesmo que era no princípio. Todos os seres humanos, por provirem de outros seres humanos, constituem uma raça, uma classe, uma “espécie”, enquanto os anjos, por provirem diretamente de Deus, sem a intermediação de pais, se constituem em hostes, em milícias, em batalhões. O fato deles não terem um representante racial como têm os humanos em Adão, não possuírem nenhum vínculo familiar, não serem nascidos de ninguém, faz com que os anjos não carreguem e não transmitam nenhuma característica herdada, nenhuma predisposição para o bem ou para o mal. Seus pecados se revestem assim de imensa gravidade, pois cada um peca friamente, sem compulsão herdada, ou fraqueza espiritual. Cristo pode assumir a natureza humana para salvar toda a humanidade, mas não pode assumir a natureza angélica para salvar todos os anjos, pois teria que fazer isto para cada anjo do universo!

O número de anjos criados é imenso e desconhecido, pois a Bíblia não os quantifica, mas apenas diz que eles são milhares de milhares. Em Hebreus 12:22 o escritor dessa epístola ao falar sobre a santidade devida por todos ao Senhor diz: “Chegastes ao monte de Sião, e a cidade do Deus Vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos”. Em Deuteronômio 33:2 se diz que quando o Senhor foi entregar a Lei a Moisés dez mil anjos vieram com Ele confirmando a presença santa de Deus e a sacralidade de sua Lei: “O Senhor veio de Sinai, e lhes subiu de Seir; resplandeceu desde o monte Parã, e veio com dez milhares de santos: à sua direita havia para eles o fogo da Lei”. Jesus disse para Pedro, após este ter cortado a orelha de um soldado que fora prender o Mestre no Getsêmani: “Pensas tu que Eu não poderia agora orar ao meu Pai, e que Ele não me daria mais de doze legiões de anjos”? De quantos anjos Jesus estava falando? Considerando que uma legião romana poderia alcançar o número de seis mil soldados em tempos de guerra é só multiplicar o número de uma legião por doze e teremos a noção exata do que Jesus estava falando. Ele estava dizendo que cerca de quarenta e oito mil anjos, poderiam descer imediatamente do céu e batalharem por Ele ferrenhamente até a destruição de seus inimigos! Mas Daniel elevou significativamente o número desses habitantes dos céus para alguma coisa inimaginável! Ele disse acerca de uma visão que tivera: “Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou: o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo de sua cabeça como a limpa lã; o seu trono chamas de fogo, e as rodas dele fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele: milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele: assentou-se o juízo, e abriram-se os livros” (Daniel 7:9,10). Em Apocalipse 5:11 o apóstolo João disse acerca da glória celeste: “Olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos seres viventes, e dos anciãos; e era o número deles, milhões de milhões e milhares de milhares”. Quanta gente poderosa a serviço do Rei Jesus, heim irmão?

Há algo de muito importante nestas declarações de que os anjos são uma multidão incontável de seres celestiais que eu desejo falar. É o fato de eles serem limitados no espaço, serem circunscritos a si mesmos, serem finitos. O mundo não comporta mais de um ser absoluto. Apenas Deus é infinito e onipresente e pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Por mais mobilidade que tenha um anjo – e eles a possuem em nível elevadíssimo, se locomovendo a velocidades altíssimas -, não podem estar em dois lugares ao mesmo tempo. O fato de em muitas visões de anjos (não todas) se mencionar a presença de asas neles é apenas para demonstrar a imensa capacidade de locomoção que eles possuem. A Bíblia fala de inumeráveis céus e os anjos não podem estar em todos os céus e na terra ao mesmo tempo. Jesus ensinou seus discípulos a orarem dizendo: “Pai nosso, que estás nos céus” (todos eles) – Mateus 6:9. O apóstolo Paulo disse aos efésios acerca de Cristo: “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas” (Efésios 4:10). Ele também disse aos crentes de Filipos que ao Nome de Jesus deve-se dobrar “todo o joelho dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra” (Filipenses 2:10). Os anjos não podem deixar os domínios onde foram criados para adentrarem em outros territórios sem a permissão do Senhor. Judas, o irmão carnal de Jesus, disse em sua epístola que “aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, (Deus) reservou na escuridão, e em prisões eternas até ao juízo daquele grande dia” (Judas v.6).

Os anjos são seres de grandíssima inteligência, mas não são oniscientes. Não conhecem tudo de tudo, apesar de terem conhecimento maior que o dos homens. A mulher que foi enviada por Joabe, comandante-chefe dos exércitos de Israel, a falar com o rei Davi, disse-lhe: “Sábio é meu senhor, conforme a sabedoria de um anjo de Deus, para entender tudo o que há na terra” (2º Samuel 14:20). O profeta Ezequiel disse acerca de Lúcifer, prefigurado pelo rei de Tiro, cidade da Fenícia: “Eis que mais sábio és que Daniel: não há segredo que se possa esconder de ti. Pela tua sabedoria e pelo teu entendimento alcançaste o teu poder; e adquiriste ouro e prata nos teus tesouros” (Ezequiel 28:3). Jesus demonstrou a restrição do conhecimento dos anjos ao dizer que sobre a data e hora de sua vinda “ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai” (Mateus 24:36) e o apóstolo Pedro disse em sua primeira carta que os anjos “desejam bem atentar” para os desdobramentos da operação de salvação do homem (1ª Pedro 1:12). Eles não precisariam prestar atenção em nada se soubessem antecipadamente de seus resultados, não é mesmo?

Os anjos também possuem um poder imenso, mas não são onipotentes. No Salmo 103:20 se diz: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz de sua palavra”. Em 2ª Tessalonicenses 1:7 o apóstolo Paulo ao falar sobre a vinda do Senhor Jesus disse que Ele se manifestará “desde o céu com os anjos do seu poder”. O apóstolo Pedro disse em sua segunda carta que os anjos são “maiores em força e em poder” do que os homens (2ª Pedro 2:11). O poder dos anjos pode ser apreciado nos relatos de libertação dos apóstolos, conforme registrados em Atos 5:17-19 e 12:1-7,23; na abertura do túmulo de Jesus, conforme registrado em Mateus 28:2, no qual se diz que “um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou, removendo a pedra, e sentou-se sobre ela”, pois aquela pedra teria dois metros e meio de diâmetro e pesaria mais de quatro toneladas; e, ainda, na cena do Apocalipse 20:1,2 em que o apóstolo João diz: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos”. Você já imaginou o que é isto? Um anjo apenas, debaixo do poder de Deus, foi suficiente para anular as forças de Satanás, aprisioná-lo com uma forte corrente e lançá-lo dentro da prisão abismal! Quanto poder possui um filho de Deus na unção, sem pecado algum no coração e dirigido pelo Espírito Santo?

Como se não bastasse tudo isso, os anjos são invisíveis! No Salmo 104:4 se diz que Deus: “Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros um fogo abrasador”. Em Hebreus 1:7 ficamos conhecendo quem são estes ventos velozes que são chamados de “mensageiros”: “O que de seus anjos faz ventos, e de seus ministros labareda de fogo”. Em Hebreus 1:14 se indaga acerca dos anjos: “Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação?” Após ter ressuscitado, Jesus apareceu aos seus discípulos, estando eles com as portas fechadas. Isso os deixou sobremaneira assustados. Ele então os tranqüilizou dizendo: “Vede as minhas mãos e os meus pés, que sou eu mesmo: apalpai-me e vede; pois um espírito não tem carne nem ossos, como vedes que Eu tenho” (Lucas 24:39). Vento, espírito -, coisas que não se vêem, mas que se notam, se sentem, se percebem em suas ações. Algumas vezes a Bíblia menciona o aparecimento de anjos em forma corpórea, humanizada, mas este não é o padrão. Um bom exemplo destes é o relato dos anjos que revolveram a pedra do túmulo de Jesus. O texto de Mateus 28: 2,3 diz:” Eis que houvera um grande terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou removendo a pedra, e sentou-se sobre ela. E o seu aspecto era como um relâmpago, e o seu vestido branco como a neve”. Lucas diz que dois anjos estavam ali próximos e que os seus vestidos eram “resplandecentes.” Como é “olhar para um relâmpago?” O que se vê quando se olha para um deles? Glória, resplendor, luminosidade! Isto é exatamente o que vêem aqueles que afirmam terem se encontrado com um anjo!

Mesmo sendo os anjos seres tão extraordinários, não são imunes ao pecado. Tanto que milhares deles o cometeram e foram lançados do céu abaixo! (2ª Pedro 2:4). Segundo Apocalipse 12:1-4 cerca de um terço de todas as hostes angelicais seguiram a Satanás em sua louca rebelião contra Deus! Você já imaginou o que é isto? Muitos desses anjos foram lançados na terra, e estão entre nós INFERNIZANDO A NOSSA VIDA! “E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamado Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Apocalipse 12:9). O fato de um ser exaltado, puro, santo, viver em um ambiente limpo, asséptico, sem nenhuma sujeira espiritual, como o céu, não o livra de, a qualquer momento, pelo uso errado que possa fazer de seu livre arbítrio, cometer o pecado que desejar. Aconteceu com Lúcifer e uma multidão de anjos. Aconteceu com Adão e sua mulher Eva no Paraíso. E enquanto Deus tiver seres livres, autônomos, soberanos, vivendo em seu universo, decisões erradas poderão ser tomadas e o horrível pecado poderá se manifestar. O ensino da Bíblia é que um anjo de luz pode virar um demônio de trevas (Ezequiel 28:15), e um demônio de trevas pode se transfigurar em um anjo de luz (2ª Coríntios 11:14). Eles não podem mudar a sua essência, alterar a sua natureza, mas podem alterar a sua forma, a sua figura. Os filhos de Deus jamais deveriam esquecer que o inferno começou no céu. Começou com Lúcifer no céu de Deus e estendeu-se no Éden com os nossos primeiros pais. A igreja está uma benção? Ótimo! O lar vai bem? Não existem brigas nem discordâncias? Muito bom! No trabalho e na escola há paz e harmonia? Então é hora de tomar cuidado! Fique alerta! Ore, vigie e fique sempre perto de Deus, pois esta é uma ocasião favorável, assaz propícia para o inferno se manifestar! Nada de baixar a guarda, irmão!

A rebelião de Lúcifer determinou a separação dos anjos em anjos bons e anjos maus. Ela criou um abismo intransponível entre eles. Os anjos que não se rebelaram contra Deus passaram a ser conhecidos como anjos bons e os que seguiram voluntariamente a Lúcifer passaram a ser conhecidos como demônios. Este tem sido o ponto de vista tradicional da Igreja, mas nem todos os estudiosos estão convencidos de que anjos decaídos e demônios seja a mesma coisa, daí eles terem aventado duas ouras hipóteses para sustentarem as suas argumentações:

  • A primeira afirmando que demônios são as almas dos homens maus, ruins, especialmente aqueles que manifestaram um mau caráter durante a sua vida física. Apesar desta posição ter sido defendida por Filo, Josefo, e praticamente todos os escritores cristãos primitivos, não é muito fácil de ser sustentada, tendo em vista que as Escrituras ensinam que os ímpios falecidos, desencarnados, estão todos confinados em um mesmo local conhecido como Sheol / Hades (Salmo 9:17 / Ezequiel 32:17-24 / Lucas 16:23 / Apocalipse 20:13): Outra dificuldade é pensar que o Senhor Jesus, que possui as chaves do Hades e da morte, conforme Apocalipse 1:18, liberte as almas malvadas, perturbadoras, para ficarem perambulando pela terra, atazanando a vida dos outros, argumentam os seus defensores;

  • A segunda, que demônios seriam espíritos sem corpos de indivíduos pertencentes a uma raça pré-adâmica que teria existido na terra, anterior ao homem. Os defensores desta posição ensinam que, tendo a queda de Satanás e de seus anjos ocorrido entre os capítulos 1 e 2 do Gênesis, não seria coisa improvável que uma raça de seres diferentes dos homens e dos anjos e sobre a qual Satanás também dominava, habitasse na terra. Tal raça teria caído quando Satanás caiu e o castigo dado por Deus a ela seria ficar vagando pela terra, em estado de desincorporação, até o Dia do Julgamento, quando então seriam lançados no Lago de Fogo. Isto explicaria melhor, segundo tais comentaristas, o fato de demônios tentarem sempre se apossar de seres humanos, que possuem corpos como eles possuíam. Seria então mais coerente dizer que um demônio possuiu um ser humano do que dizer que um anjo decaído o possuiu.

Conquanto o Pastor Olívio compartilhe a crença de que seres de outras raças, diferentes da humana, habitaram o planeta Terra antes e depois do Dilúvio, não acredita que os demônios sejam espíritos das raças preconizadas pelos comentaristas bíblicos defensores da segunda teoria, visto que a terra fora criada especificamente para o homem, a coroa da criação de Deus, e a presença desses seres habitando nela antes do homem, obscureceria esse objetivo. Também acho difícil assumir que tais seres, que desejavam possuir corpos humanos, só manifestassem esse seu desejo quando Cristo estava na terra e não durante o longo período coberto por todo o Antigo Testamento que sequer possui um caso de possessão espiritual registrado! Os demônios diziam conhecer a Cristo, mas de onde o conheciam? Da terra? Creio que não, pois estes o chamavam de “o Santo de Deus”, ou seja, “o Ungido de Deus”, “o Separado de Deus”. Onde foi que os espíritos das raças pré-adâmicas viram Deus separar o seu Filho Jesus para realizar a grande obra de resgate humano?

Tentamos descrever, muito mais que analisar nesta palestra, o que seria um anjo. Tentamos também descobrir quem seriam os temidos demônios. O que um anjo bom é, um demônio também o é, só que um faz coisas boas e o outro só faz coisas más. Receber uma benção de alguém, mesmo não sabendo quem a deu, é excelente, mas receber um ataque de alguém invisível e que é plenamente mau, é tudo de ruim e pode acontecer realmente na vida de alguém! Nas próximas palestras falaremos sobre a obra dos anjos bons e a obra dos anjos maus e ainda sobre as diferentes classes angelicais.

Deus abençoe a todos.

Caso seja do interesse de meu prezado leitor discutir mais sobre o assunto, envie-me seus comentários, questionamentos, sugestões, críticas e, quando houver, possíveis elogios.

VOCÊ E O ANO NOVO

 

VOCÊ E O ANO NOVO

É comum nesta época do ano todos os nossos parentes, amigos, vizinhos e por vezes, até mesmo nossos inimigos, desejarem-nos um feliz e próspero Ano Novo, saudação esta que se repete por anos e anos a fio. Apesar disso, poucas coisas mudam de fato em nossas vidas e sentimo-nos cansados e enfastiados de nada mudar. Por que isto acontece?

Porque o ano é realmente novo, mas você é que é velho! Velho de espírito e de perspectivas! Velho de atitudes e de visão de vida! Os anos podem mudar, o tempo pode passar, mas você continua com a mesma rabugice, a mesma intolerância, a mesma grosseria, a mesma falta de objetivos – tudo em você é velho -, e com a chegada do novo ano mais velho você ficará!

Como sair dessa ciranda? Como festejar a esperança?

O apóstolo Paulo conseguiu divisar uma saída para este problema. Ele disse para os seus amigos de Roma: “transformai-vos pela renovação de vossa mente” (Romanos 12:1). Os romanos de seu tempo sofriam do mesmo mal que nós. É a mente que tem de mudar! É a mente que tem de ser renovada! Sem isto, tudo pode ser novo ao seu redor, e ainda assim você estará agindo como um velho. Em outro lugar ele disse: “Colocai o capacete da salvação” (Efésios 6:17). Capacete é algo para proteger a cabeça. O apóstolo estava dizendo que a nossa salvação ou a nossa morte depende do que colocamos em nossa cabeça.

Do que você enche a sua cabeça? O que há de valioso nela para protegê-la? Se nada mudou nela após tantos e tantos anos de vida, então talvez ai esteja a raiz de seus problemas. Mude a sua mente para os novos valores da vida; mude a sua mente para o conhecimento e a educação; mude a sua mente para a preservação do planeta; mude a sua mente para a ajuda ao próximo, mude a sua mente para a sua família; mude a sua mente para Cristo e para Deus.

Que o Senhor te abençoe neste novo ano que se inicia e te ajude a operar a grande revolução da sua mente e do seu espírito que, tenho certeza, você irá passar!

SEMANA SANTA

 

SEMANA SANTA

Todo ano, exatamente 40 dias após o Carnaval, a maior festa popular do mundo, que acontece aqui no Brasil, as igrejas da Cristandade, notadamente as do ramo católico, promovem a celebração da Semana Santa, assim chamada por nela se relembrar os últimos acontecimentos da vida do Mestre Jesus, quais sejam, a sua paixão, morte e ressurreição.

Por toda uma semana os fiéis são orientados pelos líderes de suas paróquias a não comungarem com o mundo, a se afastarem dos prazeres da carne, não ingerirem bebidas alcoólicas, comerem carne de gado ou de outro animal que não o peixe, assistirem aos ofícios religiosos respectivos, participarem da Santíssima Ceia e receberem também uma pequena porção de cinzas em sua testa como sinal de contrição e arrependimento pelos pecados que levaram o Cristo a morrer por todos nós.

Esta possivelmente é a semana mais poderosa do mundo! Milhões de famílias orando porque um homem, após ter o seu corpo todo flagelado, torturado e pendurado em um madeiro, ressuscita 36 horas depois tendo todos os seus ferimentos sarados, cicatrizados, num incrível processo de regeneração biológica e dizendo para todos aqueles que confiarem Nele e em sua mensagem também receberão um corpo semelhante ao seu em um dia determinado por Deus! Isto é estupendo! Isto é maravilhoso!

Mas sabe de uma coisa? Não é apenas a última semana da vida de Cristo que deve ser considerada santa, mas todas as semanas que fazem parte da vida de meu prezado leitor e da minha, pois a vida é santa, como santo também é o ser por onde ela se manifesta. O apóstolo Paulo questionou os crentes de Corinto dizendo: “Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1ª Coríntios 6:19,20).

Precisamos do apoio de todos os católicos do mundo para fazermos, juntos, um esforço espiritual de orações, jejuns, comunhão, e tudo o mais que possa nos aproximar de Deus a fim de vermos a nossa nação crescendo encima de nossas preces; a corrupção sendo contida pela ação de homens justos; a imoralidade sendo substituída por novos e nobres valores; e a violência freada em sua carreira enlouquecida. Então teremos não apenas uma Semana Santa, mas todo um mês, um ano e uma vida santa, por estarmos vivendo dentro dos padrões de Deus.

O CRISTO DO NATAL

 

O CRISTO DO NATAL

Foram literalmente milhares de anos de espera! Centenas de profecias sobre quem seria ele! Uma nação inteira de prontidão aguardando-o! Até que finalmente ele chegou! O Salvador da humanidade, prometido na mais antiga promessa das Escrituras, havia chegado! (Gênesis 3:15). Mas, ao contrário do que poderíamos imaginar, ninguém, a não ser os seus pais, o celebrou! Não houve festas, fogos, risos ou presentes, como fazemos hodiernamente no dia de Natal. Apenas um silêncio sepulcral caía sobre as casas de Belém. No campo, onde alguns pastores guardavam os seus rebanhos, o silêncio fora quebrado. O evangelista diz que uma multidão de anjos cantava e celebrava o menino que nascera, enquanto um mensageiro celeste anunciava aos pastores: “Eis que na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:8-11).

Apesar dessa belíssima anunciação, feita somente a reis, outra mensagem estranha saía da boca do mensageiro: “Isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. O que? Um rei nascendo em uma estrebaria, em um lugar para guardar animais? Envolto, não em mantos reais, mas em “paninhos”? Quem iria acreditar nisso? Quem iria acreditar nas palavras de humildes pastores, classe considerada tão indigna quanto os adúlteros e ladrões, a quem na era sequer permitida a entrada no Templo?

OS BICHOS ACREDITARIAM! Sim, eles acreditariam! Não se diz em nenhum lugar das Escrituras que os animais acreditaram ser aquele bebe o Cristo prometido de Deus, mas eu serei bastante católico nesta questão e firmarei posição afirmando que, pessoalmente, eu creio que aqueles animais sabiam que estavam diante do Augusto Senhor da Criação, do Deus dos céus e da terra! Eles reconheceram em Jesus o Senhor de todos os mundos! Mais do que isto, eu quero afirmar a minha crença que aqueles animais ajudaram Maria e José a tornar o lugar onde estava envolto o menino em paninhos, um lugar mais aquecido, mais aconchegante, com o calor de seus corpos e de sua respiração!

Você não precisa acreditar que Jesus é o Cristo de Deus enviado para salvar os homens de seus pecados. Os religiosos não acreditaram. Os políticos não acreditaram! Os comerciantes e empresários não viram nenhum “lucro” em acreditar assim! Nem seus irmãos carnais acreditaram ser ele o Messias! A mor parte da humanidade ainda hoje não acredita. Tanto que substituiu o dia de seu nascimento pelo dia da vinda de Papai Noel. Jesus não dá presentes como o “bom velhinho”, é verdade, mas transforma corações! Ele não come perus, não toma champanhe, nem dá sorrisos forçados prá ninguém, mas perdoa pecados, tira tristezas, e ainda nos leva para o céu.

Você é livre para crer no que quiser, mas neste Natal de Cristo, eu gostaria que você permitisse nascer na estrebaria de seu pobre coração, o Cristo do Natal!

Bom Natal prá você e para os seus!

MORTOS QUE ENTERRAM MORTOS

 

MORTOS QUE ENTERRAM MORTOS

“Segue-me e deixa os mortos sepultarem os mortos” (Mateus 8:22)

Esta estranha sentença partiu dos lábios de Jesus quando um de seus seguidores lhe pediu permissão para sepultar o seu pai, que havia acabado de morrer, prontificando-se depois este mesmo discípulo a seguí-Lo. Como pode Jesus fazer isso? Como pode dizer uma coisa dessas a um seguidor seu? Justamente Ele que era tão carinhoso, tão compassivo, tão condescendente com o sofrimento alheio! O que deu Nele para agir assim? Para onde foi toda a sua sensibilidade?

Com a estranha resposta que dera ao seu seguidor o Senhor Jesus estava nos ensinando que a oportunidade de entrar no Reino dos Céus tem de ser aproveitada imediatamente, instantaneamente, sem perda de tempo – no momento em que ela se nos apresentar! Isto é tão mais urgente, tão mais importante que tudo em nossa vida, que podemos até deixar de participar dos momentos que julgamos ser os mais importantes de nossa existência, no caso em questão, do sepultamento do próprio pai, para abraçá-la!

Segundo a orientação do Mestre, outras pessoas enterrariam o pai do discípulo. A presença deste no local só serviria para dar uma resposta ao grupo social que ali se reunira para um último adeus ao morto. Nada mais ele poderia fazer a fim de alterar o acontecido. Tudo que houvesse desejado fazer para com o seu pai em vida seria apenas uma lembrança, a ser diluída com a passagem do tempo. Ele deveria então deixar os mortos espiritualmente, distantes de Deus, enterrar o seu morto físico e começar imediatamente a seguir aquele que era a Vida! “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, dissera Jesus, “Ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Evangelho de João 14:6). “Eu Sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá” (Evangelho de João 11:25). Seguir a Vida é, e sempre será mais importante do que seguir a morte!

É possível que o prezado leitor vá a uma cerimônia de sepultamento hoje ou, quem sabe, já tenha vindo de alguma. Talvez vá ao cemitério no Dia de Finados relembrar um ente querido que partiu ou, simplesmente, durante o dia, relembrá-lo muitas vezes com carinho. O importante é que o prezado não entre nestes “locais de mortos” sozinho, desacompanhado, mas com o Cristo! Não como mais um morto a ser somado aos que lá já estão reunidos, mas como um vivo! Para tanto é só pedir que a Vida de Cristo invada a sua frágil vida. E a Vida do Cristo Poderoso se manifestará em você e espalhará alento e consolo verdadeiros aqueles que estando vivos, estão na realidade mortos. Todos os mortos com os quais Jesus se encontrou na Bíblia ressuscitaram, tornaram a vida! Leve, pois, você, a Vida de Cristo a estes mortos e ressuscite-os em seus espíritos!

DIA DOS PAIS

 

DIA DOS PAIS

Quero perguntar a você que tem filho: você já é pai?

Não estou querendo saber se você já possui uma prole, se já constituiu descendência, se já possui rebentos, e sim se você já é pai! Você já o é? Não sabe? Teve crianças e não sabe se é pai?

Esta pergunta deveria ser facilmente respondida por quem já gerou uma vida, mas todos nós sabemos que não é tão simples assim. O fato de alguém ter gerado outro ser não faz dele o seu pai, e sim o seu procriador, pois ser pai é muito mais do que ser um mero reprodutor, um “fazedor de filhos”, um “fabricante de bebes”. Muitos geram filhos e somem. Muitos geram filhos e os violentam. Muitos geram filhos e os maltratam.

Quando alguém chama a outrem de pai está lhe conferindo um título pelo qual ele não chama a mais nenhuma outra criatura no mundo! É uma designação especialíssima, exclusivíssima, dada por um ser em reconhecimento a outrem por ter lhe trazido à vida. Segundo Jesus, nosso pai está “nos céus” (Evangelho de Mateus 6:9), acima de todo mundo, e ninguém mais pode estar onde ele se encontra!

Pai é um título de amor, de benquerença, de simpatia, o que significa dizer que se seu filho não o está chamando assim, mas pelo seu nome próprio, como Roberto, Antônio ou José, por seu título profissional, ou, ainda, pelo seu apelido, que algo não está bem neste relacionamento. O relacionamento entre pai e filho é de total cumplicidade – ninguém o chamará de pai, mas ninguém também me chamará de seu filho!

Pai também é um título de responsabilidade, pois todo pai cuida de seu filho, protegendo-o dos perigos, provendo alimentação, cuidando de sua educação, aconselhando-o, e zelando pela sua saúde. O filho sempre acredita que o pai vai cuidar dele e quando o pai não faz isto, o decepciona até o mais profundo de sua alma.

Por último, eu queria dizer que pai é um título que reflete a honra que o seu progenitor tem no seu filho. Se alguém é filho de uma pessoa de bem, trará a honra sobre si, só por possuir o mesmo nome do pai. Se, porém, é filho de uma pessoa má, voltada para as coisas ruins, refletirá a má fama do nome de seu pai, ainda que seja uma pessoa de bem.

Que nesta data tão festiva do Dia dos Pais, você que já possui um rebento, possa analisar consigo mesmo se você já pode ser chamado de pai.

DIA DAS MÃES

 

DIA DAS MÃES

Mãe Terra

               Mãe Pátria

                              Mãe Igreja

                                             Mãe Maria

                                                           Mãe de minha vida

                                                                           Mãe de meus filhos

                                                                                                Mãe…

Quantas Mães a serem homenageadas! Poucas datas são tão lindas e abençoadoras como a do segundo domingo de Maio! Os restaurantes ficam cheios; os shoppings, abarrotados; as salas de cinema, repletas, o mesmo acontecendo com os teatros e demais casas de espetáculo! O comércio vibra com o aumento anual das vendas e a Economia respira aliviada! É realmente um dia digno de ser lembrado!

Mas este também é só mais um dia e, como todos os demais, ele também vai acabando. A grande reflexão sobre o relacionamento que deveríamos ter com as nossas inúmeras e maravilhosas Mães não foi pensado e, em alguns casos, nem sequer foi lembrado. A data é comercial, você dirá, mas a reflexão sobre nosso relacionamento com nossas genitoras é pessoal.

Quantos de nós se lembrou de dirigir uma pequena prece ao Senhor agradecendo pela Mãe Terra que nos sustenta com seus alimentos, nos fornece seus medicamentos, nos dessedenta com suas águas e nos presenteia com sua fauna e flora? Quantos de nós se lembrou de louvar a Deus pela Mãe Pátria que, mesmo tendo tantos problemas, nos abriga em seu seio e nos defende dos perigos? Algum de nós se lembrou de dar graças pela Mãe Igreja, acolhedora dos pecadores, desorientados e aflitos? Alguém louvou a Deus por Maria, escolhida entre milhares de mulheres honradas para ser a Mãe do nosso Bendito Salvador? Algum de nós deu graças pela mulher que nos trouxe à vida? E por aquela que pariu com dor a nossos filhos e que perdeu a formosura de seu corpo para nos dar tanta alegria?

Sabe querido, a idéia desta reflexão não é julgá-lo por um procedimento que você deveria fazer mas não fez e sim mostrar-lhe que todos podemos presentear nossas Mães com uma postura de obediência e de reconhecimento por seus sacrifícios e com oração pura e singela de agradecimento a Deus por sua existência.

“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Carta do Apóstolo Paulo aos crentes de Éfeso, capítulo 6, versículos 2 e 3).

DEPENDÊNCIA OU MORTE

 

DEPENDÊNCIA OU MORTE

“Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem” (João 15:6)

Fomos ensinados na escola que, no dia 7 de setembro de 1822, o príncipe regente do Brasil, Dom Pedro I, proclamou a independência de nossa nação do reino de Portugal, as margens do riacho Ipiranga, em São Paulo. Na ocasião ele teria dado o grito da independência, bradando aos seus companheiros: “Independência ou morte!” A partir daquele momento o Brasil não seria mais uma colônia subserviente daquele reino, mas uma nação independente, com identidade própria.

Quase 200 anos depois a antiga colônia portuguesa conhecida pelas suas muitas riquezas como o ouro, as pedras preciosas, o pau-brasil, a cana de açúcar, o gado, o café, as imensas florestas, e outras riquezas mais, se transformaria na 7ª economia do mundo, sendo superado por países milenares ou, senão, descobertos a muito tempo. Todo ano, em comemoração a esta tão importante data, fazem-se desfiles militares e estudantis por toda a nação transmitidos para todo rincão nacional e para outros países.

No texto escrito pelo evangelista João, que lemos acima, o Mestre Jesus está ensinando os seus discípulos sobre o tema da dependência. Se para uma nação ficar dependente de outra pode levá-la a destruição e a perda da identidade nacional, para o Filho de Deus, depender alguém Dele totalmente, pode livrá-lo da morte! Aqui não vale o grito “Independência ou morte” e sim a atitude “Dependência ou morte!”

Os riscos de não se depender de Cristo, a Videira de Deus, para realizar as coisas de nossa vida são, segundo Ele mesmo, elevadíssimos! Primeiro, seremos retirados do caule da Videira para não ficarmos recebermos seiva inutilmente, seiva esta que poderia ser melhor aproveitada por outro ramo que quisesse continuar preso à Videira; segundo, pela seiva de Deus não estar mais correndo por nós, secaremos dia após dia, até não termos mais nenhum sinal de vida em nós; terceiro, alguém virá e pegará esta coisa morta que um dia já esbanjou tanta vida, a ajuntará com outras, semelhantes a ela, e as lançará todas no fogo para serem consumidas.

Se o Cristo está nos alertando sobre esses perigos é porque Ele deseja que nenhum de nós passemos por isto. Ele quer que sejamos frutíferos, producentes e cheios de vida!

Que neste dia em que celebramos, como compatriotas, a independência de nossa nação, possamos celebrar também, como irmãos de fé, a nossa independência do mundo, do Diabo e de nosso ego e a nossa dependência total ao nosso Amado Cristo. Vamos dizer, todos juntos: “Dependência total a Cristo ou a morte!”

BARCOS QUE NÃO SE AJUDAM

 

BARCOS QUE NÃO SE AJUDAM

“E fizeram sinal aos companheiros que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram, e encheram ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique” (Lucas 5:7)

Aqui no bairro onde moro temos algumas dezenas desses barcos. Eles estão por toda a parte. Cada um mais lindo do que o outro! O problema é que suas tripulações não se falam. Não se comunicam. Não se ajudam. Cada vez menos eu os vejo saírem, juntos ou sozinhos, para pescar. O resultado disso, claro, é que peixes não estão sendo pegos e, consequentemente, não estão alimentando ninguém. Mas os barcos continuam lá, em total e angustiante inatividade! Seus “proprietários”, contudo, parecem estar satisfeitos com esta situação, mantendo-os sempre limpinhos, pintados e em ordem, ainda que não estejam cumprindo a sua função.

O texto do Evangelho que citei acima faz parte da narrativa da pesca maravilhosa operada por Jesus. Pessoalmente eu o considero o texto-áureo da cooperação evangelística, do esforço coletivo para a conquista de almas. Os discípulos haviam trabalhado a noite toda e não haviam conseguido apanhar nenhum peixe. Jesus os viu recolhendo os barcos, lavando as redes, com o semblante pesaroso e triste pela notícia ruim que teriam de dar ao chegarem em suas casas. Ele então interviu dizendo-lhes para tornarem ao mar e lançarem as redes no lugar por Ele indicado. O versículo acima mostra o que aconteceu quando os discípulos Lhe obedeceram!

O que podemos depreender desta narrativa?

Várias coisas: 1ª) que todos os barcos, que aqui representam as igrejas, podem, devem e precisam trabalhar em conjunto, mesmo que sejam diferentes uns dos outros; 2ª) que os resultados dessas ações de pesca conjuntas (evangelismo) são tão desejadas pelo Senhor que Ele recompensará os pescadores com resultados absurdamente expressivos; 3ª) que a quantidade de peixes (almas) será tão grande que terá de ser distribuído entre os barcos participantes; 4ª) que peixes são pegos no mar alto (no mundo), lugar arriscado, revoltoso, conturbado e não na beira da praia ou na terra, lugares cômodos, confortáveis; 5ª) que Jesus é o Senhor do Evangelismo e usa as suas igrejas conjuntas, unidas, para apanhar os peixes de nossa região; 6ª) que nossas ações evangelísticas individualizadas, sem a palavra e orientação de Jesus, serão trabalhosas e não produzirão bom resultado.

O que falta então para essas ações conjuntas acontecerem?

Falta alguém tomar a iniciativa de “fazer sinal aos companheiros que estão nos outros barcos” e convidá-los a fazerem algo grande, significativo, que toque o coração do Mestre e salve as multidões! Você não gostaria de ser o primeiro a fazer isto? Ou será que não existe nenhum barco parado em seu bairro? Você faz parte da tripulação de algum deles? Se faz, vai continuar pescando de anzol ou vai convidar outros companheiros para se lançarem com você ao mar alto?

QUADRO DE BODAS

 

CASAMENTO

QUADRO DE BODAS

Artigo disponibilizado pelo Pastor Olívio em seu site em fevereiro de 2012

Você sabe o que são Bodas? Não? São as comemorações que se fazem por ocasião do aniversário de casamento de alguém. Desde o primeiro ano de casados até o centésimo ano de vida conjugal, o casal pode festejar a data em que a sua união foi selada! Não vá, pois, deixar passar “em branco” todas essas cem oportunidades de comemorar a maior união de sua vida!

Para cada ano de vida comum um símbolo é a ele atrelado, símbolo este que pode ser um tipo de flor (rosa, crisântemo, begônia), de árvore (figueira, pinheiro, palmeira), de metal (cobre, prata, ouro), de pedra preciosa (safira, rubi, esmeralda), e outros elementos (papel, algodão, açúcar).

As Bodas mais conhecidas são as de Prata (25 anos) e as de Ouro (50 anos). A de Diamante ou Brilhante, qual seja, a de 75 anos já é uma coisa bastante rara em nossos dias e a de Jequitibá (100 anos) mais rara ainda, constituindo-se por si só, um grande acontecimento social!

Costuma-se dar destaque seguidamente as Bodas do primeiro ao décimo ano e, a partir do décimo, apenas as realizadas de cinco em cinco anos. Independentemente disto, o casal pode festejar as Bodas que acontecem nos outros anos, todos os anos de sua vida, desde o primeiro ano em que a união aconteceu até aquele em que estejam vivendo.

Como homem que sou sei que não é uma coisa muito fácil para nós guardarmos as datas familiares e conjugais com a mesma facilidade que as mulheres. Esquecemos rapidamente as datas de quando conhecemos a pessoa amada, quando começamos o namoro, quando ficamos noivos e, em alguns casos, até mesmo quando nos casamos! Quanto mais nos lembrarmos qual o tipo de Bodas nós estamos comemorando! Isto já é pedir demais!

Uma coisa que nós homens podemos fazer é registrar essas datas no computador, na carteia, no celular, na porta do armário, na agenda de trabalho e em qualquer outro lugar que nos ajude a lembrar delas. Se você acha que “vai pagar mico” (fazer papel de bobo) por fazer isto, espere para ver quando sua esposa ficar de bico, não reagir às suas carícias e não querer fazer sexo contigo!

Claro que não é necessário o casal realizar uma grande festa em todas as celebrações de Bodas, a exemplo da que certamente aconteceu no dia em que se casaram ou nas datas das Bodas mais destacadas, mas, independentemente de fazerem festa ou o não, a data deve ser sim comemorada.

Caso o casal tenha filhos, seus pais podem e devem informá-los sobre o significado e o simbolismo da data que estão comemorando e convidá-los a darem alguma idéia sobre o programa que deverão realizar. Isto fortalecerá as relações familiares e mostrará para os filhos a importância das relações afetivas.

Se o casal for religioso poderá celebrar um ofício sacro (culto, missa, etc.) nas Bodas principais, sendo que nas Bodas de Prata e de Ouro, os votos matrimoniais devem ser renovados. O convite para as celebrações das Bodas de Prata são feitos pelos filhos e os para as Bodas de Ouro, pelos netos. É interessante convidar, para ambas as ocasiões, todos aqueles que participaram da cerimônia de casamento do casal.

O casal deve planejar com carinho cada celebração de Bodas e demonstrar ao seu parceiro o quanto o ama. Um jantar especial; uma ida a um lugar romântico; uma viagem a um lugar bonito; um presente ha muito desejado; um cartão com frases apaixonantes; um jantar em um restaurante especial; um jantarzinho caseiro à luz de velas, e assim por diante. Não vão faltar idéias para comemorar o amor, pois o amor tem suas próprias maneiras de se expressar!

Se o casal ou, um dos cônjuges apenas, for membro de alguma Igreja, esta poderá, através de sua Secretaria, enviar uma cartinha amorosa, parabenizando o casal pela respectiva Boda e, convidando os parentes e amigos a comparecerem na Igreja em ocasião oportuna, quando toda congregação será conclamada a dar graças ao Senhor pela data especial e pela preservação do lar. Isto ajudará aqueles que não participam de nenhuma Igreja ou não possuem nenhum credo a conhecerem um pouco da fé cristã.

O que fica claro das comemorações das Bodas é que o amor deve ser comemorado sempre, em todas as ocasiões. O casal não precisa ficar esperando 25 anos, por exemplo, para festejar sua união ao chegarem as suas Bodas de Prata. A bem da verdade, não precisa sequer esperar que data alguma chegue para só então demonstrar carinho pela pessoa amada. O amor não precisa de datas especiais para ser comemorado, pois, ele sim é que é especial e não a data em si! Todo dia é dia de amar! Com festa ou sem festa, com condições ou sem condições! O conhecimento do Quadro das Bodas ajudará o casal na celebração do amor!

 

QUADRO COMPLETO DAS BODAS

ANIVERSÁRIOS DE CASAMENTO

tabela

Parabéns a todos os casais!A variedade entre os Quadros de Bodas encontrados não é pequena, por isso tentei compatibilizar alguns deles e apresentar um contivesse o maior número de opinião por parte daqueles que os elaboram, a fim de ajudar os casais que desejam mudar de patamar em sua vida conjugal. Alguns elementos têm um nome estranho, que não estamos acostumados a ouvir, mas fará com que os casais interessados procurem o seu significado, o que aumentará ainda mais a emoção da Boda a ser comemorada!