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QUEM NASCEU MESMO NO NATAL?

 

QUEM NASCEU MESMO NO NATAL?

Chamou-me a atenção a surpresa que o nascimento de Cristo causara na cidade de Jerusalém. A comoção fora tão grande, tão tamanha, que penetrou como uma flecha pelos portais do palácio do rei Herodes. O texto diz que, tanto Herodes, quanto os sacerdotes, e toda a população da cidade, ficaram extremamente perturbados com aquela notícia! (Evangelho de Mateus 2:1-7). Por que estas pessoas se perturbaram tanto se aquele acontecimento era o mais esperado de todos os tempos para a nação judaica? Por que se perturbaram tanto se o nascimento do Salvador da humanidade fora descrito, passo a passo, pelos profetas, nas Escrituras?

Sim, os profetas haviam predito que, naquele mesmo ano, o Cristo nasceria na nação de Israel, nos termos da cidade de Belém (Daniel 9:25,26 / Miquéias 5:2); que uma estrela brilhante apareceria no céu no dia de seu nascimento (Números 24:17); que o Messias  nasceria de uma menina virgem (Isaías 7:14); que visitantes de longe, de países estrangeiros, iriam procurá-Lo e Lhe ofereceriam presentes (Salmo 72:9,10 / Isaías 60:1-7). Todas essas profecias se cumpriram a risca, mas a cidade sagrada de Jerusalém se perturbou. De alegria pelo nascimento de seu Messias? De admiração pela infalibilidade das profecias bíblicas? De sentimento de honra e de dignidade por ter sido Israel a nação escolhida?

NÃO, QUERIDOS(AS). Eles ficaram perturbados por não terem atentado para os sinais tão extraordinariamente previstos sobre o nascimento de Cristo, descritos em suas próprias Escrituras! Os sábios estrangeiros entraram na cidade “santa”, perguntando onde estava o recém nascido “rei dos judeus”, pois que haviam visto a “sua estrela” lá no “oriente”, e vieram adorá-Lo, conforme predito nas Escrituras dos judeus! Quase dois anos já se haviam passado desde o nascimento daquele menino, que já não residia mais em uma estrebaria cercada de animais, mas sim em uma casa com os seus pais! (Evangelho de Mateus 2:1-18). Os “príncipes” dos sacerdotes, os escribas, e a população religiosa de Israel, haviam se esquecido totalmente do nascimento de Cristo! Já não liam mais as Escrituras! Já não examinavam mais a Palavra de Deus!

Sabe de uma coisa, querido(a)? Por vezes tenho a impressão que o povo de Deus também já não se lembra mais de quem nasceu no Natal! Nos lembramos das pessoas a quem dar presentes; de levar nossas crianças aos shoppings para ver Papai Noel; dos ingredientes de nossa ceia natalina; dos cartões bonitos e a quem os devemos enviar. De tudo isto nos lembramos, mas nos esquecemos de que o Natal é uma festa de nascimento e que nesta data quem nasceu foi o Cristo, o Salvador dos homens! Vamos, pois, homenageá-lo, honrá-lo, dignificá-lo, pois, se Papai Noel é lenda, é fantasia, é tradição, Jesus é real, é factual, é histórico e, também os nossos pecados, que precisam ser perdoados, anistiados. remitidos. O Salvador é nascido e, hoje mesmo, podemos presenteá-Lo oferecendo-Lhe o nosso coração (Provérbios 23:26).

Bom Natal com Jesus e com os seus entes queridos!

CRISTÃOS SEM TEMPO

 

CRISTÃOS SEM TEMPO

Vivemos em uma época em que todos estão muito apressados, muito frenéticos, sem tempo disponível para nada. A vida mudou de ritmo e tudo agora é muito rápido. Nossos veículos são muito velozes. Nossos aparelhos domésticos funcionam de imediato. Nossas compras feitas sem sairmos de casa e nossas rotinas de trabalho aceleradas ao máximo. Nossa altíssima tecnologia acelerou os processos de produção e o mundo passou a estar virtualmente “a nossos pés”. Impossível deter este ritmo. Impossível parar sete bilhões de indivíduos.

Os problemas começam quando pensamos nos relacionamentos. Pais sem tempo para filhos, maridos sem tempo para esposas, mestres sem tempo para alunos, e por aí vai. Todos reclamando do tempo, ainda que o tempo mesmo permaneça inalterado. Até na igreja essa atitude pode ser apreciada. Pastores sem tempo para suas ovelhas, o tempo dispensado a exposição da Palavra de Deus comprimido e o comparecimento dos fiéis ao local sagrado cada vez mais reduzido. O resultado dessa postura é a fragilidade dos relacionamentos, o aumento exponenciado de nosso egoísmo e problemas derivados da solidão e do alienamento. Colocamos coisas no lugar de pessoas e pessoas no lugar das coisas.

Muitos cristãos se tornaram pessoas sem tempo, mas continuam a exigir de Deus total dedicação. Muitos já não lêem mais sua Bíblia, não comparecem as festividades sacras, não participam das aulas e ensaios e, se chamados para alguma reunião de oração, corre-se o risco de perdê-los como membros! Cristãos sem tempo para Deus! Em um grande segmento de fé, o perdão de pecados que não sejam mortais, pode ser solicitado através da Internet e obtido a partir do preenchimento de respectivo formulário! Em alguns países, o dízimo já vem descontado no contra-cheque, materializando a religião e cristalizando ainda mais a fé. A religião se tornou virtual, a fraternidade se tornou virtual e agora também queremos transformar nossa comunhão com Deus em uma comunhão virtual!

Observe o que disse Davi no Salmo 55:17: “De tarde e de manhã e ao meio-dia orarei e clamarei, e ele (Deus) ouvirá a minha voz”. Davi era o rei de Israel, uma nação constituída por milhões de indivíduos, e estava sempre cheio de atividades, responsabilidades e compromissos, mas ainda assim achava tempo para orar a Deus três vezes ao dia! Davi gastava tempo com Deus e Deus gastava tempo com Davi. De Daniel se diz que também orava três vezes ao dia, voltado para Jerusalém, com as janelas de seu quarto abertas para a cidade sagrada (Daniel 6:10).

Se você diz ser um cristão e não tem tempo para Deus não espere que Deus tenha tempo para você, pois relacionamentos são construídos gastando-se tempo – muito tempo – com a pessoa amada. Escolha ser um homem ou uma mulher cheio(a) do Espírito Santo. Livre-se de passar sua vida de fé como um cristão raso, superficial, sem conteúdo. Escolha gastar tempo com Deus e Ele gastará tempo com você.

 

CARNAVAL, A FESTA DOS DEUSES

 

CARNAVAL, A FESTA DOS DEUSES

“Os que são de Cristo crucificaram a carne com suas paixões e concupiscências”
 (Gálatas 5:24)

Todo ano ele acontece em minha nação, o Brasil. Por quatro dias seguidos, em todo o território nacional, milhares e milhares de pessoas dos mais diferentes credos, cultura, cor, condição social, se lançam em um frenético movimento de danças populares pelas ruas e casas de baile, em belas fantasias ou desnudos, desfilando em agremiações robustas e bem estruturadas que trazem em seus belos cânticos, os nossos mitos e tradições. O carnaval brasileiro é a maior festa popular do planeta e somente um de seus bailes, o “Galo da Madrugada”, de Olinda, leva anualmente para as ruas de Recife, cerca de 2 milhões de pessoas. Os governantes se alegram com o sucesso dessa fantástica manifestação folclórica enquanto os comerciantes, pequenos ou grandes, não cessam de rir pelos seus polpudos lucros!

Ao mesmo tempo em que tal festa acontece, outros milhares de brasileiros deixam as suas congregações e templos religiosos e se retiram para lugares especiais, afastados dos centros carnavalescos, para passaram um período de refúgio espiritual e aumentarem a sua comunhão com Deus. Enquanto alguns correm para comungar com os deuses da carne, do sexo, das bebidas alcoólicas e de outras drogas, outros correm para comungar com o Deus da fé, do amor, da paz e da retidão.

O intrigante de tudo isto é que, enquanto os devotos dos deuses do carnaval tomam de assalto as nossas ruas, nossas casas de bailes, nossos espaços públicos e até os nossos lares, através das imagens da televisão, os adoradores do Deus Vivo se retiram para campos isolados, para locais silenciosos, a fim de lá batalharem contra os deuses da carne e aumentarem com o Deus do céu a sua comunhão. Não parece isto um contra-senso? Abandonar o local da batalha para ir se consagrar tão longe, só Deus sabe aonde, para fortalecer um pouco mais os seus pilares morais? Mas, talvez, o mais esquisito de tudo isso é que não vemos nenhum resultado positivo deste tal retiro consagratório. Após este período de reclusão espiritual as igrejas não ficam mais cheias por causa dele, os jovens não trabalham mais para Cristo, nem tampouco há um forte movimento de conversões à fé, a nível nacional.

Será que estamos utilizando corretamente o período do carnaval, tido como o período de maior intensidade da batalha espiritual contra os deuses falsos, para conquistar territórios espirituais para o Cristo? Não será esse “afastamento para os montes” uma confissão silenciosa de acovardamento por parte da Igreja, diante dos deuses da carne? Que neste carnaval o prezado retirante possa fazer um pacto com o Deus verdadeiro de devotar, durante todos os dias do ano, a sua vida a Ele, e de se alistar bravamente em seus exércitos a fim de travar esta tão gigantesca, tão desproporcional, e tão necessária batalha espiritual.

ÁREAS DE RISCO

 

ÁREAS DE RISCO

Um dos maiores flagelos naturais de nosso tempo se encontra associado às enchentes, quer sejam elas decorrentes do degelo de montanhas, transbordamento de rios, chuvas torrenciais ou poderosas tsunamis, e a razão delas quase sempre serem fatais é que grande parte de nossa população reside nas chamadas “áreas de risco”, isto é, locais onde a incidência desses fenômenos é maior e seus moradores não possuírem condições para enfrentá-los.

Há dois mil anos atrás o Mestre Jesus já alertava as multidões para essas áreas. Ele contou a história de dois indivíduos que haviam construído suas respectivas casas. Em sua narrativa, Ele não fez nenhuma referência a ser um mais rico do que o outro, mas destacou que um construíra sabiamente sua casa sobre uma rocha enquanto outro construíra a sua em um terreno de areia, portanto, em uma “área de risco”. A conclusão de sua estória não poderia ser diferente: a casa construída sobre a rocha resistiu a todas as intempéries, enquanto a construída sobre a areia ruiu aos primeiros embates (Mateus 7:24-27).

Sabe de uma coisa, leitor? Nossas autoridades políticas deveriam ser responsabilizadas e condenadas juridicamente por todas as pessoas falecidas em catástrofes que estivessem morando em “áreas de risco”, pois apenas elas possuem autoridade para permitir que um cidadão more ou não neste ou naquele outro local. Pelo direito de morarmos no lugar em que moramos – nem sempre em condições dignas – todos pagamos muito caro, enquanto os tais “defensores do povo” habitam em residências de luxo, subsidiadas com o dinheiro público.

Jesus chamou a atenção para o fato de edificarmos nossas casas e nossas vidas em terreno sólido, forte, consistente, mas muitos estão construindo suas vidas em cima de terreno arenoso, inconsistente, fraco. Por diversas vezes na Bíblia, o indivíduo humano é comparado a uma casa. Como dono de sua residência, o indivíduo é responsável por quem deixa ou não entrar nela. Cristo disse em Apocalipse 3:20: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa, cearei com ele, e ele comigo”.

Mas há mais pessoas interessadas em entrar em você! Só que estas não são gentis como Jesus, que pede para entrar em sua casa e se retira em silêncio quando sua pessoa é recusada. Estas são invasoras espirituais, ladrões de almas, seres ruins, que a exemplo de seu mestre sem luz, tomam a sua casa de assalto, pois vêm para “roubar, matar e destruir” (João 10:10). Estes seres não trazem alegria, paz e amor como Jesus, mas só dor, sofrimento e pesar. Sei de muitas pessoas que estão com suas casas cheias destes seres horríveis. E você? Sobre qual terreno vai edificar a sua vida? Na Rocha dos Séculos, o Lugar Seguro chamado Jesus Cristo, ou, na “Área de Risco dos Milênios”, o Lugar Arenoso e Escorregadio, conhecido como Satanás?

VOCÊ E O ANO NOVO

 

VOCÊ E O ANO NOVO

É comum nesta época do ano todos os nossos parentes, amigos, vizinhos e por vezes, até mesmo nossos inimigos, desejarem-nos um feliz e próspero Ano Novo, saudação esta que se repete por anos e anos a fio. Apesar disso, poucas coisas mudam de fato em nossas vidas e sentimo-nos cansados e enfastiados de nada mudar. Por que isto acontece?

Porque o ano é realmente novo, mas você é velho! Velho de espírito e de perspectivas! Velho de atitudes e de visão de vida! Os anos podem mudar, o tempo pode passar, mas você continua com a mesma rabugice, a mesma intolerância, a mesma grosseria, a mesma falta de objetivos – tudo em você é velho -, e com a chegada do novo ano, mais velho você fica!

Como sair dessa ciranda? Como festejar a esperança?

O apóstolo Paulo conseguiu divisar uma saída para este problema. Ele disse para os seus amigos de Roma: “transformai-vos pela renovação de vossa mente” (Romanos 12:1). Os romanos de seu tempo sofriam do mesmo mal que nós. É a mente que tem de mudar! É a mente que tem de ser renovada! Sem isto, tudo pode ser novo ao seu redor, e ainda assim você estará agindo como um velho. Em outro lugar ele disse: “Colocai o capacete da salvação” (Efésios 6:17). Capacete é algo para proteger a cabeça. O apóstolo estava dizendo que a nossa salvação ou a nossa morte depende do que colocamos em nossa cabeça.

Do que você enche a sua cabeça? O que há de valioso nela para protegê-la? Se nada mudou nela após tantos e tantos anos de vida, então talvez ai esteja a raiz de seus problemas. Mude a sua mente para os novos valores da vida; mude a sua mente para o conhecimento e a educação; mude a sua mente para a preservação do planeta; mude a sua mente para a ajuda ao próximo, mude a sua mente para a sua família; mude a sua mente para Cristo e para Deus.

Que o Senhor te abençoe neste novo ano que se inicia e te ajude a operar a grande revolução da sua mente e do seu espírito que, tenho certeza, você irá passar!

TODA SEMANA É SANTA

 

TODA SEMANA É SANTA

Todo ano, exatamente 40 dias após o Carnaval, a maior festa popular do mundo, que acontece aqui no Brasil, as igrejas da Cristandade, notadamente as do ramo católico, promovem a celebração da Semana Santa, assim chamada por nela ser relembrado os últimos acontecimentos da vida do Mestre Jesus, quais sejam, a sua paixão, morte e ressurreição.

Por toda uma semana os fiéis são orientados pelos líderes de suas paróquias a não comungarem com o mundo, a se afastarem dos prazeres da carne, não ingerirem bebidas alcoólicas, comerem carne de gado ou de outro animal que não o peixe, assistirem aos ofícios religiosos respectivos, participarem da Santíssima Ceia e receberem também uma pequena porção de cinzas em sua testa como sinal de contrição e arrependimento pelos pecados que levaram o Cristo a morrer por todos nós.

Esta possivelmente é a semana mais poderosa do mundo! Milhões de famílias orando porque um homem, após ter o seu corpo todo flagelado, torturado e pendurado em um madeiro, ressuscita 36 horas depois tendo todos os seus ferimentos sarados, cicatrizados, num incrível processo de regeneração biológica e dizendo para todos aqueles que confiarem Nele e em sua mensagem também receberão um corpo semelhante ao seu em um dia determinado por Deus! Isto é estupendo! Isto é maravilhoso!

Mas sabe de uma coisa? Não é apenas a última semana da vida de Cristo que deve ser considerada santa, mas todas as semanas que fazem parte da vida de meu prezado leitor e da minha própria, pois a vida é santa, como santo também é o ser por onde ela se manifesta. O apóstolo Paulo questionou os crentes de Corinto dizendo: “Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1ª Coríntios 6:19,20).

Precisamos do apoio de todos os católicos do mundo para fazermos, juntos, um esforço espiritual de orações, jejuns, comunhão, e tudo o mais que possa nos aproximar de Deus a fim de vermos a nossa nação crescendo por cima de nossas preces; a corrupção sendo contida pela ação de homens justos; a imoralidade sendo substituída por novos e nobres valores; e a violência freada em sua carreira enlouquecida. Então teremos, não apenas uma Semana Santa, mas todo um mês santo, todo um ano santo, e toda uma vida santa, por estarmos vivendo dentro dos padrões santíssimos de Deus.

O CRISTO DO NATAL

 

O CRISTO DO NATAL

Foram literalmente milhares de anos de espera! Centenas de profecias sobre quem seria Ele! Uma nação inteira de prontidão aguardando-O! Até que finalmente Ele chegou! O Salvador da humanidade, prometido na mais antiga promessa das Escrituras, havia chegado! (Gênesis 3:15). Mas, ao contrário do que poderíamos imaginar, ninguém, a não ser os seus pais, O celebrou! Não houve festas, fogos, risos ou presentes, como fazemos hodiernamente no dia de Natal. Apenas um silêncio sepulcral caía sobre as casas de Belém. No campo, onde alguns pastores guardavam os seus rebanhos, o silêncio fora quebrado. O evangelista diz que uma multidão de anjos cantava e celebrava o menino que nascera, enquanto um mensageiro celeste anunciava aos pastores: “Eis que na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” (Lucas 2:8-11).

Apesar dessa belíssima anunciação, feita somente para reis, outra mensagem estranha saía da boca do mensageiro: “Isto vos será por sinal: Achareis o menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. O que? Um rei nascendo em uma estrebaria, em um lugar para guardar animais? Envolto, não em mantos reais, mas em “paninhos”? Quem iria acreditar nisso? Quem iria acreditar nas palavras de humildes pastores, classe considerada tão indigna quanto os adúlteros e ladrões, a quem não era sequer permitida a entrada no Templo?

OS BICHOS ACREDITARIAM! Sim, eles acreditariam! Não se diz em nenhum lugar das Escrituras que os animais acreditaram ser aquele bebe o Cristo prometido de Deus, mas eu serei bastante católico nesta questão e firmarei posição afirmando que, pessoalmente, eu creio que aqueles animais sabiam que estavam diante do Augusto Senhor da Criação, do Deus dos céus e da terra! Eles reconheceram em Jesus o Senhor de todos os mundos! Mais do que isto, eu quero afirmar a minha crença que aqueles animais ajudaram Maria e José a tornar o lugar onde estava envolto o menino em paninhos, um lugar mais aquecido, mais aconchegante, com o calor de seus corpos e de sua respiração!

Você não é obrigado a acreditar que Jesus é o Cristo de Deus enviado para salvar os homens de seus pecados. Os religiosos não acreditaram. Os políticos não acreditaram! Os comerciantes e empresários não viram nenhum “lucro” em acreditar assim! Nem seus irmãos carnais acreditaram ser ele o Messias! A mor parte da humanidade ainda hoje não acredita. Tanto que substituiu o dia de seu nascimento pelo dia da vinda de Papai Noel. Jesus não dá presentes como o “bom velhinho”, é verdade, mas transforma corações! Ele não come perus, não toma champanhe, nem dá sorrisos forçados prá ninguém, mas perdoa pecados, tira tristezas, e ainda nos leva para o céu!

Você é livre para crer no que quiser, mas neste Natal de Cristo, eu gostaria que você permitisse nascer na estrebaria de seu pobre e escuro coração, o Cristo do Natal!

Bom Natal prá você e para os seus!

MORTOS QUE ENTERRAM MORTOS

 

MORTOS QUE ENTERRAM MORTOS

“Segue-me e deixa os mortos sepultarem os mortos” (Mateus 8:22)

Esta estranha sentença partiu dos lábios de Jesus quando um de seus seguidores lhe pediu permissão para sepultar o seu pai, que havia acabado de morrer, prontificando-se depois este mesmo discípulo a seguí-Lo. Como pode Jesus fazer isso? Como pode dizer uma coisa dessas a um seguidor seu? Justamente Ele que era tão carinhoso, tão compassivo, tão condescendente com o sofrimento alheio! O que deu Nele para agir assim? Para onde foi toda a sua sensibilidade?

Com a estranha resposta que dera ao seu seguidor o Senhor Jesus estava nos ensinando que a oportunidade de entrar no Reino dos Céus tem de ser aproveitada imediatamente, instantaneamente, sem perda de tempo – no momento em que ela se nos apresentar! Isto é tão mais urgente, tão mais importante que tudo em nossa vida, que podemos até deixar de participar dos momentos que julgamos ser os mais importantes de nossa existência, no caso em questão, do sepultamento do próprio pai, para abraçá-la!

Segundo a orientação do Mestre, outras pessoas enterrariam o pai do discípulo. A presença deste no local só serviria para dar uma resposta ao grupo social que ali se reunira para um último adeus ao morto. Nada mais ele poderia fazer a fim de alterar o acontecido. Tudo que houvesse desejado fazer para com o seu pai em vida seria apenas uma lembrança, a ser diluída com a passagem do tempo. Ele deveria então deixar os mortos espiritualmente, distantes de Deus, enterrar o seu morto físico e começar imediatamente a seguir aquele que era a Vida! “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida”, dissera Jesus, “Ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Evangelho de João 14:6). “Eu Sou a Ressurreição e a Vida. Aquele que crê em Mim, ainda que esteja morto, viverá” (Evangelho de João 11:25). Seguir a Vida é, e sempre será mais importante do que seguir a morte!

É possível que o prezado leitor vá a uma cerimônia de sepultamento hoje ou, quem sabe, já tenha vindo de alguma. Talvez vá ao cemitério no Dia de Finados relembrar um ente querido que partiu ou, simplesmente, durante o dia, relembrá-lo muitas vezes com carinho. O importante é que o prezado não entre nestes “locais de mortos” sozinho, desacompanhado, mas com o Cristo! Não como mais um morto a ser somado aos que lá já estão reunidos, mas como um vivo! Para tanto é só pedir que a Vida de Cristo invada a sua frágil vida. E a Vida do Cristo Poderoso se manifestará em você e espalhará alento e consolo verdadeiros aqueles que estando vivos, estão na realidade mortos. Todos os mortos com os quais Jesus se encontrou na Bíblia ressuscitaram, tornaram a vida! Leve, pois, você, a Vida de Cristo a estes mortos e ressuscite-os em seus espíritos!

DIA DOS PAIS

 

DIA DOS PAIS

Quero perguntar a você que tem filho: você já é pai?

Não estou querendo saber se você já possui uma prole, se já constituiu descendência, se já possui rebentos, e sim se você já é pai! Você já o é? Não sabe? Teve crianças e não sabe se é pai?

Esta pergunta deveria ser facilmente respondida por quem já gerou uma vida, mas todos nós sabemos que não é tão simples assim. O fato de alguém ter gerado outro ser não faz dele o seu pai, e sim o seu procriador, pois ser pai é muito mais do que ser um mero reprodutor, um “fazedor de filhos”, um “fabricante de bebes”. Muitos geram filhos e somem. Muitos geram filhos e os violentam. Muitos geram filhos e os maltratam.

Quando alguém chama a outrem de pai está lhe conferindo um título pelo qual ele não chamará a mais nenhuma outra criatura no mundo! É uma designação especialíssima, exclusivíssima, dada por um ser em reconhecimento a outrem por ter lhe trazido à vida. Segundo Jesus, nosso pai está “nos céus” (Evangelho de Mateus 6:9), acima de todo mundo, e ninguém mais pode estar onde ele se encontra!

Pai é um título de amor, de benquerença, de simpatia, o que significa dizer que se seu filho não o está chamando assim, mas pelo seu nome próprio, como Roberto, Antônio ou José, por seu título profissional, ou, ainda, pelo seu apelido, que algo não está bem neste relacionamento. O relacionamento entre pai e filho é de total cumplicidade – ninguém o chamará de pai, mas ninguém também me chamará de seu filho!

Pai também é um título de responsabilidade, pois todo pai cuida de seu filho, protegendo-o dos perigos, provendo alimentação, cuidando de sua educação, aconselhando-o, e zelando pela sua saúde. O filho sempre acredita que o pai vai cuidar dele e quando o pai não faz isto, o decepciona até o mais profundo de sua alma.

Por último, eu queria dizer que pai é um título que reflete a honra que o seu progenitor tem no seu filho. Se alguém é filho de uma pessoa de bem, trará a honra sobre si, só por possuir o mesmo nome do pai. Se, porém, é filho de uma pessoa má, voltada para as coisas ruins, refletirá a má fama do nome de seu pai, ainda que seja uma pessoa de bem.

Que nesta data tão festiva do Dia dos Pais, você que já possui um rebento, possa analisar consigo mesmo se você já pode ser chamado de pai.

DIA DAS MÃES

 

DIA DAS MÃES

Mãe Terra

               Mãe Pátria

                              Mãe Igreja

                                             Mãe Maria

                                                           Mãe de minha vida

                                                                           Mãe de meus filhos

                                                                                                Mãe…

Quantas Mães a serem homenageadas! Poucas datas são tão lindas e abençoadoras como a do segundo domingo de Maio! Os restaurantes ficam cheios; os shoppings, abarrotados; as salas de cinema, repletas, o mesmo acontecendo com os teatros e demais casas de espetáculo! O comércio vibra com o aumento anual das vendas e a Economia respira aliviada! É realmente um dia digno de ser lembrado!

Mas este também é só mais um dia e, como todos os demais, ele também vai acabando. A grande reflexão sobre o relacionamento que deveríamos ter com as nossas inúmeras e maravilhosas Mães não foi pensado e, em alguns casos, nem sequer foi lembrado. A data é comercial, você dirá, mas a reflexão sobre nosso relacionamento com nossas genitoras é pessoal.

Quantos de nós se lembrou de dirigir uma pequena prece ao Senhor agradecendo pela Mãe Terra que nos sustenta com seus alimentos, nos fornece seus medicamentos, nos dessedenta com suas águas e nos presenteia com sua fauna e flora? Quantos de nós se lembrou de louvar a Deus pela Mãe Pátria que, mesmo tendo tantos problemas, nos abriga em seu seio e nos defende dos perigos? Algum de nós se lembrou de dar graças pela Mãe Igreja, acolhedora dos pecadores, desorientados e aflitos? Alguém louvou a Deus por Maria, escolhida entre milhares de mulheres honradas para ser a Mãe do nosso Bendito Salvador? Algum de nós deu graças pela mulher que nos trouxe à vida? E por aquela que pariu com dor a nossos filhos e que perdeu a formosura de seu corpo para nos dar tanta alegria?

Sabe querido, a idéia desta reflexão não é julgá-lo por um procedimento que você deveria fazer mas não fez e sim mostrar-lhe que todos podemos presentear nossas Mães com uma postura de obediência e de reconhecimento por seus sacrifícios e com oração pura e singela de agradecimento a Deus por sua existência.

“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra” (Carta do Apóstolo Paulo aos crentes de Éfeso, capítulo 6, versículos 2 e 3).